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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Você está na minha casa, mas não é ela

  Uma nostalgia, uma brasileira saudade até diria de tempos não tão longinquos mas já tão passados me atingiram sentada numa mesa no estúdio de artes. Sentados frente a frente, ele usava a camiseta amarela que eu havia dito ser minha cor favorita e que ele havia respondido com "I'll keep that in mind", trabalhava em sua peça da qual havia se gabado.
 Seu cheiro exalava na sala, ou só em minha atmosfera mesmo - tão atenta para perceber. Seu cheiro que me lembrava do pequeno quarto em Mal País em que passei tanto tempo há não tanto tempo atrás. Queria voltar às nossas caminhadas por Santa Ana durante a noite com o pretexto de tomar um smoothie mesmo ambos sabendo que a loja estaria fechada - todas as caminhadas que nos levaram àquela noite em Puerto Viejo em que só havia seu cheiro em todo lugar.
  Peguei-me divagando tanto quanto agora, resgatada de minha memória com o "não baba" de Pietro (Brazil). Voltei ao trabalho, a conversa era leve, a atmosfera tambem; talvez minha melhor aula de artes até então. Eu trabalhava na minha peça que JuanPa (professor de artes, Colombia) chamava de Tarsila; Margot tirava fotos de seus bebês azuis demoniacos pelos quais eu era louca; Indi (Costa Rica) trabalhava com aquarelas roxas num retrato um tanto quanto impressionante; Pietro rodava pela sala à procura de inspiração; Malte (Alemanha/Hong Kong) cuidava da música da sala e dava palpites artisticos no cartoon dele. Todos sorriam e trabalhavam, felizes por estarem ali.

"If I don't fuck up this paper by the time my piece is ready, is already a miracle"
"Now tell me something you don't fuck up, Vitória"

2 comentários:

  1. Ia fazer o mesmo comentário que o Pietro, mas ele estragou...
    Fiquei muito feliz que você postou... Quero detalhes ae, ow

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