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terça-feira, 4 de março de 2014

40 dias e 40 noites

  Caminhavamos de volta ao campus Clara (Chile/Holanda) e eu quando a luz de Santa Ana se acabou, por volta das dez da noite. A falta de qualquer coisa aos meus arredores que tivesse energia me sufocou, me senti vivendo numa bolha de verdade, coisa que nunca passaria na massiva São Paulo. A falta de qualquer energia em meu interior se demonstrava pelos meu tom de voz elevado e o nó em minha garganta enquanto argumentava com Clara que sempre me respondia em voz calma. 
  Carregava um sorvete em minhas mãos e outro em uma sacola, e não sabia se eu comia tudo tão rapidamente por medo de derreter ou ansia nervosa - história da minha vida. Fui à Montezuma, mas voltei dez minutos depois. Não respondi ao que me disse porque não sei mais nem o que dizer à mim mesma, quem dira os outros.
  Só nomeei esse post 40 dias e 40 noites porque já começa a quaresma e Alice (Irlanda) e Valeria (Espanha) discutem sobre isso ao me lado. Todo mundo abrindo mão de algo sem nem sequer um dever religioso, e Alice me disse que era para "apreciar mais" as coisas depois. Será?

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