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segunda-feira, 3 de março de 2014

"Nunca teve olheiras. Nunca conheceu o amor"

  Deitavamos juntos na minha cama, em Cahuita #5 assistindo um filme. O quão detalhado esse escrito é é tão detalhado quanto o que passou. Ou não passou. Fechou seu computador ao fim do filme e ao fim do dia - já era mais de meia noite. Deitamos-nos a poucos centímetros de distância quando havia distância alguma. Cai no sono com ele me olhando e acordei quando sai da cama.
  Passei o dia todo irritada. Evan (Canadá) me olhou na cafeteria e me perguntou o que havia passado, e eu respondi com um 'eu nem sei mais o que está acontecendo'. Me abraçou, riu e disse que ia ficar tudo bem. Reclamei da vida mais tarde em Flamingo #5 com Marcela (Brasil) e me empanturrei de cookies com Vilde (Noruega) e Alison (UK). Terminei o assunto com Evan durante o jantar e ele riu ainda mais. Um click.
  Algumas perguntas não tem respostas, e algumas respostas não tem explicação. Um dia relativamente bom se transforma em um dia frustrante tão rapidamente... Mas a maioria das perguntas tem sim resposta, o que falta é encarar. Encarnar. Lidar. E tudo que vem acontecendo me leva ao meu limite - de alegria, de raiva, de ira, de querer. Toda moeda tem dois lados, e todo mundo ignorou é a minha cara. Ninguem encara que coroa é passado. Que o tempo passa. Antes consumia meus pensamentos, e agora consome meus nervos - de todas as maneiras possíveis.
  Hoje não há filme e nem seus olhos à pairar. Não há par de olhos nenhum. Ninguem vela por mim hoje. Ninguem vela e eu só me queimo.
  

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