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quarta-feira, 5 de março de 2014

Há grande paz nesses tempos de caos

  Achei que o que postei ontem merecia um novo caminho:

"Caminhavamos de volta ao campus Clara (Chile/Holanda) e eu quando a luz de Santa Ana se acabou, por volta das dez da noite. A falta de qualquer coisa aos meus arredores que tivesse energia me sufocou, me senti vivendo numa bolha de verdade, coisa que nunca passaria na massiva São Paulo. A falta de qualquer energia em meu interior se demonstrava pelos meu tom de voz elevado e o nó em minha garganta enquanto argumentava com Clara que sempre me respondia em voz calma. 
  Carregava um sorvete em minhas mãos e outro em uma sacola, e não sabia se eu comia tudo tão rapidamente por medo de derreter ou ansia nervosa - história da minha vida. Fui à Montezuma, mas voltei dez minutos depois. Não respondi ao que me disse porque não sei mais nem o que dizer à mim mesma, quem dira os outros."...
  ...Voltei ao #1 pouco tempo depois, e quando sai já bem mais triste do que havia entrado, acabei cruzando com Evan (Canadá) que parecia estar sempre no lugar certo na hora certa, mas substitui sua companhia logo por outra que me vale ainda mais. Uma intensa conversa, mas necessária. Um click, e tudo estava em seu lugar e a bagunça de sentimentos e lagrimas da situação acabou trazendo uma certa paz. (dessa vez, isso é uma indireta bem direta à você, que sabe do que eu estou falando. Pela milésima de milhões de vezes, eu te amo). 
  Caminhamos de volta ao #1 que voltou a ser meu #2 lar. Cantavamos Pietro (Brasil) e Max (USA) sobre nunca ter que ver a cara de Ali (Iraque) de novo. Quando deitei em minha cama em Cahuita #5, encontrei um bilhete que dizia 'espero que isso lhe faça sentir melhor, -Evan' e um macaroon da Feria Verde, meu favorito. Dormi feliz.
  O dia seguinte passou bem; ensaio do musical, pizza de almoço com Vilde (Noruega) e terminar meu dia em Montezuma #1, escrevendo no escuro com um Pietro que já adormeceu. Há milhas de distancia, converso com Sofia que como sempre me traz uma certa realização: "me sinto tão mais tranquila mesmo que dentro dessa loucura.. quer dizer, ainda sou oito ou oitenta, amo ou odeio, mas sei lidar com isso e esse é o meu estavel". A verdade é que, as coisas nunca foram tão boas mesmo estando um certo caos. 

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